Programação 2025
SETEMBRO
Clique nas datas para acompanhar a programação diária do festival.

10h
LITERATURA
Mini-escrevivências: criando nossas histórias
Centro Cultural Yves Alves
Rua Direita, 168
Gratuito
A partir do seu livro A melhor mãe do mundo (Companhia das Letrinhas), a escritora Nina Rizzi convida crianças a mergulharem no mundo das palavras e a inventarem narrativas próprias, explorando a imaginação e descobrindo que cada vida pode se transformar em história.
___
com Nina Rizzi. Atividade realizada em parceria com a Secretaria de Educação de Tiradentes.

16h
CICLO DE IDEIAS
A imagem que falta
IPHAN (Jardim)
Rua da Câmara, 124
Gratuito
“Nós somos aqueles que a água não levou. Aqueles de quem a terra tudo tirou. Nos roubaram o caminho que nos teria permitido voltar para casa.”
Como construir memória quando fomos privados de imagens? Nesta mesa, a escritora cameronesa Léonora Miano e a autora brasileira Cidinha da Silva se encontram para discutir as lacunas históricas e afetivas deixadas pelo Tráfico Atlântico de Pessoas Escravizadas.
A conversa parte de um duplo apagamento ocasionado por este crime fundacional: se em uma margem ficou o vazio deixado para os que ficaram no continente africano, privados de notícias de seus entes arrancados à força; na outra, muitas vezes ainda permanece a ausência das imagens de origem, dos rostos, lugares, culturas e nomes daqueles que foram sequestrados.
Mais do que evocar o que foi perdido, a partir de suas obras literárias e trajetórias intelectuais, Miano e Cidinha interrogam os efeitos dessa dupla perda de imagens — e as formas como a literatura, o ensaio, a memória oral e a criação artística podem atuar como contra-imagem, como gesto de reparação, escuta e reinvenção de uma ancestralidade, que narra, lembra e, sobretudo, reivindica a dignidade dos ausentes.
___
com Léonora Miano e Cidinha da Silva

18h30
LITERATURA
No breque - Performance de André Capilé
Casa Museu Padre Toledo
Rua Padre Toledo, 190
Gratuito
Entra a letra & a voz no breque nos convida, em estado de reza, a passear por aspectos da formação da música negra popular do Brasil, entremeado por cantos e preces litúrgicas do Candomblé Congo-Angola e da releitura de certos circuitos das mitografias dos inquices, orixás & voduns ainda em culto no país. Com isso, André Capilé nos enreda na disputa entre outra escrita de certo lugar da história, com a voz inscrita na dimensão das falas e costumes cotidianos em estado de música.
___
André Capilé

19h
MÚSICA
Ecos de terreiros e salões
Igreja São João Evangelista
Rua Padre Toledo, 242
R$ 40 / R$20
Brasílio Itiberê da Cunha Luz
(1896 - 1967)
Suíte litúrgica negra
Henrique Alves de Mesquita
(1830 - 1906)
Quadrilha heroica
Radamés Gnatalli
(1906 - 1988)
Por quê?
Coleridge-Taylor Perkinson
(1932 - 2004)
Louisiana Blues Strut
Ernesto Lecuona
(1895 - 1963)
Danças afrocubanas
Francisco Mignone
(1897 - 1986)
Congada
Baden Powell
(1937 - 2000)
Canto de Xangô (transcrição de Uaná Barreto)
Canto de Ossanha (transcrição de Uaná Barreto)
___
Uiler Moreira, violino
Mihai Cocea, viola
Cristian Budu, piano
Gustavo Carvalho, piano

20h30
CINEMA
Yaaba
Museu Casa Padre Toledo
Rua Padre Toledo, 190
Gratuito
Em uma pequena aldeia em Burkina Faso, Bila, um menino de dez anos, faz amizade com uma idosa chamada Sana, a quem todos chamam de “Bruxa”, e que é ritualmente culpada por qualquer desastre que aconteça na comunidade. Mas o próprio garoto a chama de Yaaba, que significa “avó”, um termo carinhoso que Sana nunca tinha ouvido. Quando Nopoko, prima do garoto, fica doente, Bila recorre a Sana para que ela faça um remédio para salvar a menina.
Vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Cannes em 1989.
___
Drama | 1989 | Burkina Faso, Suíça, França e Alemanha
90 min.
Versão original em moré com legenda em português
Direção: Idrissa Ouédraogo
Classificação indicativa: 10 anos