ARTISTS 2019
BIO

André Capilé
André Capilé é professor de literatura brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ]. Também é poeta e tradutor. Graduado em Filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora, mestre em Estudos Literários e doutor em “Literatura, Cultura e Contemporaneidade”, pela PUC-Rio. Integrou o corpo editorial da revista escamandro e foi parte do conselho editorial da Edições Macondo. Publicou rapace (2012), chabu (2019) e rebute (2019), pela editora Texto Território; balaio (2014), pela coleção megamini da 7Letras; muimbu (2017), paratexto (2019) e azagaia (2021), pelas Edições Macondo; Tradução-Exu [ensaio de tempestades a caminho] (2022) e Uma A Outra Tempestade [tradução-exu] (2022), ambos em parceria com Guilherme Gontijo Flores, pela Relicário Edições. Traduziu “The Love Song of J Alfred Prufrock” como “A Canção de Amor de J Pinto Sayão” para a coleção Herbert Richers da Edições Macondo; Não Digam que Estamos Mortos, de Danez Smith, publicado pela Editora Bazar do Tempo; O Cometa de W. E. B. Du Bois, pela Editora Fósforo; Black Music, de Amiri Baraka, pela Editora Sobinfluência; Voando para casa, de Ralph Ellison, pela Editora José Olympio. Já colaborou com diversos jornais, revistas e periódicos de literatura como Quatro Cinco Um, piauí e Jornal Rascunhos, Revista Modos de Usar, Peixe-Boi, entre outros.

Artur Rogério
Artur Rogério formou-se em teatro pelo CEFART, em Belo Horizonte. Como ator, destacam-se as atuações nas peças Terrestres e O maior trem do mundo, dirigidas por Vinícius Cunha, assim como na peça azedo**, dirigida por André Rodrigues. Foi assistente de direção de Terreno baldio, dirigida por Lira Ribas. No cinema, participou como ator dos filmes Parque de diversão, dirigido por Ricardo Alves Junior, e Terra gasta, dirigido por João Dumas. Recentemente atuou na série Natal dos Silva, produzida pela Filmes de plástico.

Caetano Dias
Caetano Dias nasceu em 1959, na cidade de Feira de Santana, Bahia. Desde meados da década de 70 vive em Salvador, onde cursou Letras Vernáculas na Universidade Católica do Salvador, entre 1985 e 1987. Sua formação, marcada pela palavra e pelo gesto, logo se expandiria para as artes visuais, campo no qual viria a construir uma trajetória atravessa a performance, o vídeo, a fotografia, a pintura e as instalações. Ao longo dos anos, Caetano realizou exposições individuais em importantes instituições e galerias, como o Museu de Arte Moderna da Bahia, o Paço das Artes em São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Sua obra também se destaca no cenário coletivo internacional, integrando mostras de grande relevância, como a Bienal de Buenos Aires (Malba, Argentina), a Bienal do Mercosul (Porto Alegre), e a Trienal de Luanda (Angola), entre outros. Sua obra foi vista também em espaços como o Museu Reina Sofia (Espanha), o ZKM (Alemanha), o MAR (RJ), o Museu Oscar Niemeyer (PR) e o SESC Videobrasil. Com uma poética que transita entre o sagrado e o político, o íntimo e o coletivo, Caetano Dias constrói imagens e experiências que tocam as camadas mais profundas da sensibilidade e da história.

Carolina Anglada
Carolina Anglada é pesquisadora e professora no Departamento de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos da Linguagem da UFOP. Pós-doutora em Estudos Psicanalíticos. Publica ensaios sobre poéticas contemporâneas, com particular interesse nas relações transdisciplinares entre literatura, antropologia e psicanálise

Cássia Lima
Mineira de Extrema, Cássia Lima concluiu bacharelado em flauta pela UNESP, sob orientação de Jean-Noel Saghaard e mestrado na Mannes College of Music em Nova York, onde foi aluna de Keith Underwood. Participou de master-classes com Michael Parloff, Emmanuel Pahud, William Bennett e Judith Mendenhall, entre outros. Venceu os principais concursos no Brasil, assim como o Mannes Concerto Competition (New York) e o Gregory Award por Excelência em Performance. Foi bolsista do Tanglewood Music Center, onde atuou como camerista e flautista da orquestra do festival, sob regência de James Levine, Kurt Masur, Seiji Ozawa e Rafael Frübeck de Burgos. Foi flautista da Minnesota Orchestra, sob regência de Charles Dutoit. De volta ao Brasil, foi primeira flauta da Osesp e desde 2009 é primeira flauta da Filarmônica de Minas Gerais, onde atuou como solista em diversas ocasiões.
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Cidinha da Silva
Cidinha da Silva (MG) tem 23 livros publicados, entre eles, os premiados: “Um Exu em Nova York” (contos, Biblioteca Nacional, 2019) e "O mar de Manu" (APCA 2021, melhor livro infantil e acervo PNLD 2023). O livro "Vamos falar de relações raciais? Crônicas para debater o antirracismo" (Autêntica) foi semifinalista do Jabuti Acadêmico, 2025, categoria educação/ensino. Organizou duas obras fundamentais para o pensamento sobre as relações raciais contemporâneas no Brasil, “Ações Afirmativas em Educação: experiências brasileiras” (2003) e “Africanidades e Relações Raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil” (2014). Tem publicações em alemão, catalão, espanhol, francês, inglês e italiano. É cronista do jornal Rascunho. Seu livro mais recente é "Só bato em cachorro grande, do meu tamanho ou maior - 81 lições do Método Sueli Carneiro" (Rosa dos tempos / Grupo Record).
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Cristian Budu
Referência da nova geração da música clássica, Cristian Budu é vencedor do Concurso Internacional Clara Haskil (Suiça), e está em duas seletas listas "Top 10" da Gramophone - Beethoven e Chopin - que incluem nomes como Martha Argerich, Arthur Rubinstein, Dinu Lipatti e Maria João Pires. Já colaborou em duos com Antonio Meneses e Renaud Capuçon, e tocou recitais solo em grandes festivais como Verbier e La Roque d'Anthéron. Apresentou-se como solista em salas como Ateneu de Bucareste, Liederhalle, KKL e Jordan Hall, e à frente de orquestras como Orquestra Sinfônica de Lucerna, Orquestre de la Suisse Romande, Orquestra de Câmara de Lausanne e Orquestra Sinfônica da Rádio de Stuttgart. No Brasil, é criador do projeto Pianosofia no intuito de promover musicistas locais e a música de câmara em ambientes informais. Cristian colabora também com projetos sociais como Projeto Integração e Liga Solidária, na qual é conselheiro voluntário da Unidade Casulo (Real Parque / São Paulo).

Éder Santos
Eder Santos é videoartista, cineasta, roteirista e designer gráfico, tem obras nos acervos permanentes de vários museus e vasta participação em bienais e festivais no Brasil e no exterior. Possui premiada carreira como diretor de cinema e TV e, na música, soma parcerias com o multi-instrumentista e compositor Paulo Santos, do grupo Uakti. Além de se dedicar à criação de exposições, videoinstalações e vídeo-performances, Eder Santos é autor de trabalhos em vídeo como “Tumitinhas” (1998), “Eu Não Vou à África Porque Tenho Plantão” (1990) e “Mentiras & Humilhações” (1988). Dirigiu 15 curtas-metragens; a série de televisão “Contos da Meia-Noite” (2004, TV Cultura); e os longas-metragens “Enredando Pessoas” (1995), “Deserto Azul” (2014) e “Girassol Vermelho” (2020). A participação de Eder Santos em festivais e bienais inclui, por exemplo, o “WWVF – World Wide Video Festival”, em Amsterdã (Holanda), onde apresentou a videoinstalação “Enciclopédia da Ignorância”, também exibida no “Media Art Festival de Milão” (Itália), no Palácio das Artes (MG) e na Luciana Brito Galeria (SP). O percurso do artista mineiro está entrelaçado com a história do “Festival Videobrasil”, de São Paulo, para o qual é selecionado desde a segunda edição e já ganhou diversos prêmios. Eder Santos participou, também, da “Bienal de São Paulo” (1996) e da “Mostra Bienal 50 anos” (SP, 2001), além de acumular premiações em festivais internacionais e nacionais como “Prêmio Sergio Motta” (SP), “Prêmio Petrobras Brasil”, “Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana” (Cuba), “FestRio” (RJ) e “Rio Cine Festival” (RJ).

Edimilson de Almeida Pereira
Edimilson de Almeida Pereira nasceu em Juiz de Fora, em 1963. É poeta, ensaísta, ficcionista, autor de literatura infantojuvenil, professor colaborador da Pós-graduação na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Publicou, entre outros, Mundo encaixado: significação da cultura popular (Mazza Edições, 1992, Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras, 1994), Entre Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma epistemologia de base afrodiaspórica na Literatura Brasileira (Fósforo Editora, 2022), A saliva da fala: notas sobre a poética banto-católica no Brasil (Fósforo, 2023 – Prêmio Sílvio Romero, FUNARTE, 2002), Poesia+ antologia 1985-2019 (Editora 34, 2019); Melro (Editora 34, 2022), O som vertebrado (José Olympio, 2022), A morte também aprecia o jazz (Fósforo/Luna Parque, 2023), Olho vivo, olho mágico (FTD, 2023), Coisa sim, coisa não (FTD, 2025). Sua obra de ficção inclui O Ausente (Prêmio Oceanos, 2021), Um corpo à deriva (Edições Macondo, 2021) e Front (Nós Editora, Prêmio São Paulo de Literatura, 2021).

Eliane Coelho
Nascida no Rio de Janeiro, Eliane Coelho realiza há mais de quarenta anos uma brilhante carreira internacional. Integrou o Ensemble Neue Musik Hannover e a Ópera de Frankfurt e, posteriormente, a Ópera de Viena, na qual recebeu o título de Kammersängerin, em 1998. Neste prestigioso espaço, assim como nos principais espaços europeus, entre os quais se destacam o teatro La Scala e a ópera Bastille, atuou ao lado de Plácido Domingos, José Carreras, Renato Bruson, Ferruccio Furlanetto, Bryn Terfel, Brigitte Fassbaender, Agnes Baltsa, Juan Pons, Neil Shicoff e Sigfried Jerusalem. Esteve sob a regência de Zubin Metha, Riccardo Chailly, Sir Colin Davis e Seiji Ozawa em um repertório operístico que contempla 14 papéis principais verdianos, Tosca, Butterfly, Turandot, Arabella, Margherita, Lulu, além de Salomé, de Richard Strauss, uma de suas interpretações mais marcantes e elogiadas internacionalmente pela crítica. Seu extenso repertório continua se enriquecendo com novos papéis.

Elise Pittenger
Elise Pittenger é professora de violoncelo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também coordena a área de Música de Câmara e o Grupo de Violoncelos desde 2017. Entre 2011 e 2015, Elise foi chefe de naipe da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, apresentando solos importantes e colaborando com uma grande variedade de regentes e solistas. Ela já atuou como solista em várias orquestras de Belo Horizonte, como a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Orquestra Sesiminas e a Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG. Elise é bastante reconhecida no cenário de música contemporânea no Brasil, tendo apresentado inúmeras estreias nacionais e mundiais com o Ensemble Plurisons e o Duo Qattus, duo de percussão e violoncelo com percussionista Fernando Rocha. Antes de se mudar por Brasil em 2010, Elise, natural de Baltimore, EUA, foi integrante do Haven Quartet, quarteto de cordas que administra um projeto social em New Haven, EUA. Ela também participou em festivais importantes como Banff Institute, Tanglewood Institute, Domaine Forget, Tafelmusik (seminário em música barroca) e o seminário ‘Tradition and Innovation’, com Yo-Yo Ma e o ‘Silk Road Ensemble’. Elise possui doutorado pela McGill University, onde estudou com Matt Haimovitz e foi integrante do grupo de violoncelos Ucelli. É Mestre em Performance Musical pela Rice University e Bacharel em Literatura pela Yale University.

Elizabeth Fayette
Elogiada pelo New York Times por seu “som sedutor, brilhante e virtuosismo experiente”, Elizabeth Fayette estreou como solista no Carnegie Hall com a orquestra da Juilliard School sob regência de Alan Gilbert, e já se apresentou com a Sinfônica de Houston. Foi premiada em competições como as Audições Internacionais da Young Concert Artists e recebeu a bolsa da Musical Fund Society.
Como camerista, atuou internacionalmente com o Sheridan Piano Trio e como primeira violinista do Vega String Quartet. Participou de festivais renomados como Aspen, Marlboro, Steans e Kneisel Hall, além de atuar como spalla convidada em orquestras como a de Princeton, São Paulo e Milwaukee.
Formou-se no Curtis Institute of Music e na Juilliard School, onde integrou o programa Artist Diploma. Também é ex-bolsista do Ensemble Connect do Carnegie Hall, voltado à formação de músicos engajados com a comunidade e a inovação artística.
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Fabiana Cozza
Reconhecida como uma das grandes vozes de sua geração, Fabiana Cozza é elogiada por sua técnica impecável e sua capacidade dramática no palco, sendo comparada a ícones como Elis Regina, Elizeth Cardoso e Clara Nunes. Seu talento notável foi coroado com troféus no Prêmio da Música Brasileira, onde foi premiada como “Melhor Cantora de Samba”, em 2012, e pelo “Melhor Álbum em Língua Estrangeira”, em 2018, demonstrando sua versatilidade e excelência em diferentes estilos musicais. Os álbuns mais recentes de Fabiana Cozza, Dos Santos (2020) e Urucungo (2023), são o testemunho vivo de sua posição como herdeira das ricas tradições afro-brasileiras. Com sua voz poderosa e interpretações emotivas, ela não apenas celebra as influências africanas no panorama musical brasileiro, mas também as reinscreve no cenário contemporâneo, revitalizando e renovando sua importância para as gerações presentes e futuras.

Gabriel Mwènè Okoundji
Gabriel Mwene Okundji nasceu em 9 de abril de 1962 em Okondo, um vilarejo no distrito de Ewo, no Congo-Brazzaville. Ele foi para a França com uma bolsa do governo congolês para estudar medicina na Universidade de Bordeaux, cidade na qual vive desde então, atuando como psicólogo no atendimento hospitalar e também junto à Associação Les Cygnes de Vie. Sua obra, traduzida para o espanhol, inglês, finlandês, occitano, italiano e português, foi adaptada para o palco em várias ocasiões e tem sido objeto de estudos críticos e descritivos, realizados por Jacques Chevrier, Thierry Delhourme, Stephen Akplogan, Agatino Lo Castro. Recebeu diversos prêmios literários, incluindo o Grand prix littéraire d'Afrique noire (Grande prêmio literário da África Negra), o Prêmio Benjamin Fondane, o Prêmio Mokanda (Congo), o Prêmio Antonio Viccaro (Canadá) e o Prêmio Léopold Sédar Senghor. Em agosto de 2018, o Ministério da Cultura da França lhe concedeu o título de Officier de l'ordre des Arts et des Lettres.

Guillaume Martigné
O violoncelista francês Guillaume Martigné foi aluno de Mark Drobinsky, discípulo de Mstislav Rostropovitch. Guillaume Martigné ganhou, incluindo o primeiro, sete prêmios em competições internacionais. Ele teve e tem a chance de tocar com grandes artistas como Martha Argerich, Ivry Gitlis, Mischa Maisky, Nemanja Radulovitch, Alexandra Conunova, Alexandra Soum. Na França, ele toca em grandes salas de concerto: a Philharmonie, Radio France, le Théâtre du Châtelet, le Théâtre des Champs Elysées. Ele já se apresentou no exterior em quase sessenta países diferentes. Guillaume Martigné faz parte do quarteto Psophos e toca um Rogeri de 1692.
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Gustavo Carvalho
Gustavo Carvalho estudou com Magdala Costa em Belo Horizonte, com Oleg Maisenberg em Viena, e com Elisso Virsaladze no Conservatório Tchaikovsky de Moscou. Venceu o II Concurso Nelson Freire no Rio de Janeiro. Se apresentou em importantes salas de concerto, tais como a Tonhalle de Zurique, Musikverein de Viena, Auditorium du Louvre, Philharmonie am Gasteig de Munique e a Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, entre outras. Em 2011, realizou a integral das 32 Sonatas de Beethoven em Belo Horizonte. Solista de diversas orquestras, tocou sob a regência de Ira Levin, Isaac Karabtchevsky, Howard Griffiths, Yuri Bashmet e Evgeny Bushkov, dentre outros. Como camerista, colaborou com os violinistas Geza Hosszu-Legocky e Daniel Rowland, os pianistas Nelson Freire, Elisso Virsaladze e Cristian Budu, a soprano Eliane Coelho e com membros das Orquestras Filarmônicas de Viena e Berlim. Foi apontado pelo Le Monde de la Musique (2004) como um dos pianistas mais promissores de sua geração. O seu interesse pela música contemporânea leva-o a colaborar com diversos compositores de renome no cenário internacional tais como György Kurtág, Samir Odeh-Tamimi, Harry Crowl e Sérgio Rodrigo.

Guilherme Gontijo Flores
Guilherme Gontijo Flores (Brasília, 1984) é poeta, tradutor e professor na UFPR. Autor dos poemas de carvão :: capim (2017), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Entre costas duplicadas desce um rio (2021, em parceria com François Andes), Potlatch (2021), Ranho e sanha (2024), do romance História de Joia (2019), dos ensaios Algo infiel (2017, em parceria com Rodrigo Gonçalves), A mulher ventriloquada (2018), Tradução-Exu (2022, em parceria com André Capilé), Que sabe de si (2023), e dos infanto-juvenis A Mancha (2020, em parceria com Daniel Kondo) e Desembarcados (2024, em parceria com Daniel Kondo e Carol Naine). Como tradutor, publicou obras de Safo (prêmio APCA), Propércio (Prêmio Paulo Rónais, da Biblioteca Nacional), Robert Burton (Prêmios APCA e Jabuti), François Rabelais (prêmio da Embaixada Francesa) e Arthur Rimbaud, entre outros.

Jean D'Amérique
Nascido em 1994, em Côte-de-Fer (Haiti), Jean D'Amérique é poeta, dramaturgo, romancista e diretor artístico do festival Transe Poétique (Porto Príncipe). Ele ministra oficinas de escrita, colabora com diversas revistas literárias e realiza performances para dar voz a seus textos poéticos. Publicou as coletâneas de poesia Petite fleur du ghetto (Atelier Jeudi Soir, 2015); maelstrÖm reEvolution (2019), que recebeu uma menção especial no Prêmio René Philoctète, Nul chemin dans la peau que saignante étreinte (Cheyne, 2017), vencedora do Prêmio de Poesia da Fundação Marcel Bleustein-Blanchet, Atelier du silence (Cheyne, 2020), vencedora do Prêmio Apollinaire Revelação 2021 e do Prêmio Heather-Dohollau 2022, Rhapsodie rouge (Cheyne, 2021), vencedora do Prêmio Fetkann! Maryse Condé de la Poésie 2021 e do Prêmio Heredia 2022 da Academia Francesa e Quelque pays parmi mes plaintes (Cheyne, 2023). Sua peça A catedral dos porcos (Éditions Théâtrales, 2020), foi premiada com o Prêmio Jean-Jacques Lerrant (Journées de Lyon des Auteurs de Théâtre). Seu texto para o público infanto-juvenil, Rachida debout (Cheyne, 2022), escrito para o espetáculo Para amanhã, juntamente com textos de Sylvain Levey e Mariette Navarro, foi estreado por Émilie Le Roux como parte do programa infantil do Festival de Avignon (França, 2021). Sua peça Ópera poeira (Éditions Théâtrales, 2022), premiada com o Prêmio RFI Théâtre 2021 e o Prêmio Jacques Scherer 2022, foi encenada em inúmeros festivais e teatros entre 2021 e 2022, tais como as Comédies de Caen e Reims, o Theatro de Liège, o Teatro Nacional D. Maria II de Lisboa, o Festival Quatre Chemins (Port-au Prince) e o Festival de Avignon. Seu primeiro romance, Um Sol a costurar (Actes Sud, 2021), foi vencedor do Prêmio Dubreuil Primeiro Romance da SGDL (2021) e do Prêmio Montluc Resistência e Liberdade (2022).

Leda Maria Martins
Leda Maria Martins nasceu no Rio de Janeiro e vive em Belo Horizonte. É poeta, ensaísta, dramaturga, professora. É doutora em Letras/Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Artes pela Indiana University e formada em Letras pela UFMG. Leda é também Rainha de Nossa Senhora das Mercês da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário no Jatobá, em Belo Horizonte. Em seu pensamento e proposições teóricas cruzam-se epistemologias e cosmovisões de várias matrizes cognitivas, como as derivadas dos saberes africanos transcriados nas Américas. Entre os livros de sua autoria estão O moderno teatro de Qorpo-Santo (Ed. UFMG, 1991), A cena em sombras (Perspectiva, 1995) e Afrografias da memória (Perspectiva, 1995). Em 2017 foi criado o Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras.
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Léonora Miano
Léonora Miano, nascida em 1973 em Douala (Camarões), é uma grande voz na literatura de língua francesa. Romancista, dramaturga e ensaísta, é autora de cerca de vinte obras literárias publicadas em diversos idiomas. Recebeu o Prêmio Goncourt com Contornos do dia que vem vindo (2006) e o Prix Femina e Grand Prix do Roman Métis (2013) com A estação das sombras. Foi também finalista do Prêmio Goncourt 2019 com o romance A imperatriz vermelha. Traduzida para diversos idiomas, a obra de Léonora ganhou notoriedade por suas representações de populações afroeuropeias na França, contexto a partir do qual surgem histórias que abordam as heranças do colonialismo e como esse legado se perpetua no processo de invisibilidade das minorias. Em 2021, a Universidade de Lorena e a Universidade da Grande Região (UniGR) lançaram o Prêmio Literário “Frontières — Léonora Miano”, dedicado à escritora, para melhor romance que aborde o tema das fronteiras.

Luiza Romão
Poeta, atriz e slammer, Luiza Romão é autora dos livros Sangria, Também guardamos pedras aqui, vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Poesia e Melhor Livro do Ano, e Nadine. Bacharela em Artes cênicas, mestra e doutoranda em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP). Pesquisa poesia em performance.

Mestre Prego
Claudinei Matias do Nascimento, mais conhecido como Mestre-Capitão Prego, é natural da cidade de Barroso. A partir dos 7 anos, tendo seu avô, ex-escravizado da região de Tiradentes, como referência do Congado, integrou a tradição congadeira, participando dos batuques e das festas. Em 2010, retornou às práticas da capoeira e tornou-se o primeiro capitão do Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia, fundado em 2011. Artesão, desenvolve um trabalho com cabaça e madeira.

Michel de Souza
Formado pelo Royal Conservatoire of Scotland, Michel de Souza foi vencedor do concurso Maria Callas, em São Paulo, e dos concursos Margaret Dick e Ye Cronies (Escócia). Fez parte do programa Jette Parker Young Artists na Royal Opera Covent Garden, o que o levou a muitas aparições nesse teatro e deu início a sua carreira internacional. Convidado regular como solista da BBC Scottish Symphony Orchestra, Orchestre National de Lyon, Orchestre de la Suisse Romande, Scottish Opera Orchestra, BBC National Orchestra of Wales, tem se apresentado na América Latina no Theatro Municipal de São Paulo e Rio de Janeiro, Theatro São Pedro, Teatro Argentino de la Plata, Palácio Das Artes de Belo Horizonte, com importantes orquestras como OSESP, Filarmônica de Minas Gerais e Sinfônica Municipal de São Paulo.
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Mihai Cocea
Nascido em Bucareste, Mihai Cocea começou a estudar violino aos 5 anos e, aos 13, descobriu o maravilhoso som da viola. Frequentou o Colégio Nacional de Música “George Enescu” em Bucareste e continuou os seus estudos em Londres, na Royal Academy of Music, com o professor Paul Silverthorne. Mihai Cocea recebeu uma bolsa oferecida pela Confederação Suíça para concluir seu mestrado em Zurique, sob a orientação do famoso violista Lawrence Power. Como solista, Mihai Cocea se apresentou com várias orquestras, entre as quais a Filarmônica de Bruxelas, NOVA Rússia, The Moscow Soloists e St. Andrews Symphony Orchestra. Mihai foi laureado em vários concursos internacionais, incluindo: terceiro prêmio no Concurso Internacional de Viola “Watson Forbes” 2009 e finalista no Concurso de Viola Yuri Bashmet 2013 em Moscou. Desde 2017, Mihai Cocea é líder da seção de viola da Orquestra Filarmônica de Bruxelas. A partir de setembro de 2023, Mihai ocupa o cargo de professor de viola no Conservatório de Maastricht, na Holanda.

Nina Rizzi
Escritora, tradutora, pesquisadora, professora, editora e curadora, Nina Rizzi é professora de poesia do curso de pós graduação em Escrita Criativa da UNIFOR (Universidade de Fortaleza), promove também diversos laboratórios de escrita criativa, como "escreva como uma mulher" e "da poema à poesia". Tem livros publicados pelas editoras Jabuticaba, Pallas e Companhia das Letrinhas. Seus poemas, ensaios e traduções integram ainda diversas revistas, jornais, suplementos e antologias, publicadas no Brasil, Argentina, Chile, México, Peru, Espanha, Portugal, Suécia, Canadá, EUA, Angola e Moçambique. Em 2024, participou da Residência Literária Atlântica Negra na Loatad – Biblioteca de África e da Diáspora Africana em Acra (Gana) e recebeu o Prêmio Internacional Culturas de Resistência (CoR Award).

Sofia Leandro
Sofia Leandro é formada em Violino e Ensino de Música pela Universidade de Aveiro, Portugal, e doutora em Performance Musical pela Universidade Federal de Minas Gerais. Desde 2017, é professora na Universidade Federal de São João del Rei. Coordena o programa de extensão Pequenos Grandes Violinistas, voltado para o ensino coletivo de violino a crianças e adolescentes, que, desde 2020, atua em parceria com a Ação Cultural Artes Vertentes. Apresenta-se regularmente em duo com o percussionista Bruno Santos, colaborando também com inúmeros compositores contemporâneos.
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Uiler Moreira
O violinista Uiler Moreira, graduado pela Universidade Federal da Bahia, premiado em diversos concursos nacionais e internacionais e atualmente mestrando na Hochschule für Musik, Theater und Medien Hannover, atua com destaque na música de câmara, colaborando com artistas como Alina Ibragimova, Julian Rachlin, Tai Murray, Yura Lee, Asbjørn Nørgaard, Jennifer Stumm, Adrian Brendel, Giovanni Gnocchi, Matthew Hunt, Thorsten Johanns, entre outros. Já se apresentou em salas e festivais de prestígio como o Het Concertgebouw, Wigmore Hall, Edinburgh International Festival, Kronberg Academy, Trame Sonore Festival, Stellenbosch Chamber Music Festival, Lucerne Festival e Ilumina Festival.

Tiganá Santana
Tiganá Santana é professor do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), tradutor e multiartista. Foi o primeiro compositor brasileiro a conceber como compositor um álbum contendo canções em línguas africanas. Possui estudos e publicações, principalmente, em estudos da linguagem, filosofias africanas de referência bantu, tradução e artes. Sua tese de doutorado recebeu o “Prêmio Antônio Cândido” de melhor tese pela ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística). Entre suas produções mais recentes figuram a curadoria da exposição “Línguas Africanas que Fazem o Brasil”, no Museu da Língua Portuguesa (2024/2025), em São Paulo; e o lançamento do álbum “Caçada Noturna” (2024).

Wendie Zahibo
Wendie Zahibo é uma artista multidisciplinar - poeta, fotógrafa e colagista - que vive e trabalha entre Guadalupe e o continente francês. Nascida em uma família multicultural, com raízes na Costa do Marfim e na República Centro-Africana, realizou seus estudos no Harrington College de Design, em Chicago, e na Sorbonne, em Paris. Seu trabalho, alimentado por experiências transnacionais e abordagens plurais, questiona identidades dentro do Atlântico Negro. Em 2015, iniciou o projeto multimídia Rainha dos tempos modernos, que explora as representações femininas negras. Publicado em 2020 pela Neg Mawons, seu livro Corsé de cuirs, publicado pela Neg Mawons, investiga a vida íntima de mulheres negras, reunindo histórias pessoais e perspectivas coletivas. Desde 2022, vem trabalhando no projeto masonn, que examina a arquitetura vernacular e o “realismo místico” no Atlântico Negro. Sua pesquisa artística reúne heranças espirituais e características arquitetônicas específicas de diferentes áreas geoculturais, com o objetivo de destacar memórias vivas e continuidades culturais. Vencedora do prêmio do programa ONDES 2024 e ex-residente da Cité internationale des Arts, em Paris, ela segue sua carreira por meio de uma série de colaborações e residências criativas. Recentemente suas obras foram expostas na Bienal de Dakar e no Festival Circulation(s), em Paris.
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