ARTISTS 2019
BIO

André Capilé
André Capilé é professor de literatura brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ]. Também é poeta e tradutor. Graduado em Filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora, mestre em Estudos Literários e doutor em “Literatura, Cultura e Contemporaneidade”, pela PUC-Rio. Integrou o corpo editorial da revista escamandro e foi parte do conselho editorial da Edições Macondo. Publicou rapace (2012), chabu (2019) e rebute (2019), pela editora Texto Território; balaio (2014), pela coleção megamini da 7Letras; muimbu (2017), paratexto (2019) e azagaia (2021), pelas Edições Macondo; Tradução-Exu [ensaio de tempestades a caminho] (2022) e Uma A Outra Tempestade [tradução-exu] (2022), ambos em parceria com Guilherme Gontijo Flores, pela Relicário Edições. Traduziu “The Love Song of J Alfred Prufrock” como “A Canção de Amor de J Pinto Sayão” para a coleção Herbert Richers da Edições Macondo; Não Digam que Estamos Mortos, de Danez Smith, publicado pela Editora Bazar do Tempo; O Cometa de W. E. B. Du Bois, pela Editora Fósforo; Black Music, de Amiri Baraka, pela Editora Sobinfluência; Voando para casa, de Ralph Ellison, pela Editora José Olympio. Já colaborou com diversos jornais, revistas e periódicos de literatura como Quatro Cinco Um, piauí e Jornal Rascunhos, Revista Modos de Usar, Peixe-Boi, entre outros.
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André Frade
André Frade é fotógrafo, produtor e editor de vídeos. Ingressou nas artes visuais após ter se mudado em 2013 para Tiradentes. O envolvimento com a cidade e os costumes locais promoveram o encontro do artista, em 2016, com o terno do Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia – liderado por Claudinei Matias, mais conhecido como Mestre Prego. Desde então, passou a registrar as apresentações do grupo, expressas em rituais de dança, canto e reza. O estreitamento das relações com o Mestre Prego permitiram ao artista documentar facetas menos conhecidas do Congado, marcados por uma vivência comunitária, por laços de solidariedade e pela transmissão oral de saberes ancestrais.

André Mehmari
André Mehmari é pianista, compositor e multiinstrumentista. Considerado um dos maiores expoentes da música criativa brasileira contemporânea, é dono de uma vasta e singular produção que vai do piano solo ao jazz à ópera, ao choro passando pela música orquestral e de câmara até canções populares em mais de sessenta e cinco álbuns lançados desde 1998, muitos deles produzidos em seu próprio Estúdio Monteverdi, localizado no coração da Mata Atlântica. Definido pela crítica especializada como “o músico que melhor personifica uma postura criativa inclusiva” e “o mais fiel retrato e multifacetado das músicas brasileiras”, atuou como solista em mais de quarenta países e em importantes festivais de jazz, além de numerosas turnês nos EUA, Europa e Japão. Atuou com pianista ao lado de Antônio Meneses, Emmanuele Baldini, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Sérgio Santos, Hamilton de Holanda, Ná Ozzetti, Guinga, Mônica Salmaso, Marília Vargas, Mário Laginha, Rafael Cesario, Sérgio Santos, Maria João Grancha, Makoto Ozone, Toninho Horta, Fafá de Belém e Alaíde Costa, dentre muitos outros nomes de destaque do cenário nacional e internacional, transcendendo com elegância e brilhantismo gêneros e barreiras estilísticas. Dono de uma discografia de mais de sessenta títulos, foi triplamente premiado no Prêmio Profissionais da Música e em 2023 estreou a ópera O Machete e o Concerto para Violoncelo, recebendo o Grande Premio Concerto por sua intensa produção de música clássica naquele ano.

Andreia de Jesus
Andreia de Jesus é advogada popular, educadora infantil, funcionária pública e mãe-solo. Nascida no distrito de Venda Nova, em Belo Horizonte, é moradora de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Trabalhou como doméstica na juventude e é a primeira pessoa de sua família com curso superior, tendo seu ingresso na Universidade garantido pelas políticas de ações afirmativas. Integrou as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e as pastorais de rua e carcerária. Militante das Brigadas Populares e da #partidA, segue ao lado das pessoas privadas de liberdade e das ocupações urbanas, pela vida da juventude negra, por segurança pública cidadã e por melhores condições de vida nas periferias. Em 2023 assumiu o seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Para seu mandato anterior, foi eleita por meio da campanha coletiva da movimentação MUITAS, tendo participado da experiência da Gabinetona: um mandato coletivo, aberto e popular junto de outras três parlamentares: Cida Falabella e Bella Gonçalves, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), e Áurea Carolina, na Câmara dos Deputados. A parlamentar presidiu a Comissão de Direitos Humanos e foi vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Ara Harutyunyan
Ara Harutyunyan nasceu em uma família de músicos em Yerevan, na Armênia. Ao longo de sua carreira, venceu várias competições nacionais e internacionais e apresentou-se como solista e músico de câmara na Armênia, Rússia, Geórgia, Quirguistão, Líbano, Síria, Suíça, Estados Unidos e Brasil. Foi vencedor da Emin Khachatryan National Competition na Armênia e do International Youth competition of Georgia. Obteve seu Bacharelado e Mestrado no Conservatório Estadual Komitas, em Yerevan. Foi membro do Quarteto de Cordas Yerevan e violinista da Orquestra Filarmônica Nacional da Armênia. Em 2011, transferiu-se para os Estados Unidos. Harutyunyan foi spalla assistente da Orquestra Sinfônica de Cheyenne durante um ano, antes de se mudar para o Brasil, em 2014, para assumir o cargo de spalla assistente da Filarmônica de Minas Gerais.
Participou do Festival Artes Vertentes pela primeira vez em 2020.

Artur Rogério
Artur Rogério formou-se em teatro pelo CEFART, em Belo Horizonte. Como ator, destacam-se as atuações nas peças Terrestres e O maior trem do mundo, dirigidas por Vinícius Cunha, assim como na peça azedo**, dirigida por André Rodrigues. Foi assistente de direção de Terreno baldio, dirigida por Lira Ribas. No cinema, participou como ator dos filmes Parque de diversão, dirigido por Ricardo Alves Junior, e Terra gasta, dirigido por João Dumas. Recentemente atuou na série Natal dos Silva, produzida pela Filmes de plástico.

Barão Fonseca
Barão Fonseca é produtor, editor e diretor, com trajetória marcada pela atuação em projetos de relevância no campo das artes visuais, do cinema e da música. Em sua produção recente, destacam-se a exposição Retro/Ativa (2024) e os festivais Arte no Escadão (2020–2023), Vídeo Arte na Rua (2024) e Vídeo Pulso (2025). No âmbito de sua colaboração com o artista multimídia Eder Santos, produziu diversas instalações apresentadas em importantes capitais culturais no Brasil e no exterior. Sua atuação também se estende ao audiovisual. Trabalhou como diretor de fotografia nos documentários UAKTI (2024) e Santos Dumont e o Céu na Cabeça (2024), além da série 1986. Como diretor de produção, esteve à frente dos projetos Lavra (2021), Corpo Presente (2024) e A Terceira Margem (2016).

Boaz Mavoungou
Boaz Mavoungou é escritor, gestor público e assessor internacional na Fundação Cultural Palmares, onde atua na promoção e valorização da cultura afro-brasileira. Professor de línguas e tradutor multilíngue, com mais de 15 anos de experiência, participou de eventos internacionais e diplomáticos, estabelecendo pontes entre culturas e saberes. Membro da Academia de Belas Artes do Sul do Brasil (ABARS), dedica-se à pesquisa histórica, cultural e filosófica, com especial foco nas contribuições das civilizações africanas para a formação do mundo contemporâneo. Como escritor, suas obras transitam entre cultura geral, ciências sociais, ancestralidade e identidade, convidando o leitor a refletir sobre memória, pertencimento e transformação.

Bruno Santos
O percussionista Bruno Santos possui graduação e mestrado pela UFMG e doutorado pela Universidade de Aveiro (Portugal), onde estudou com o percussionista Miguel Bernat. Foi membro fundador do grupo Oficina Música Viva e do trio de percussão Prucututrá em Belo Horizonte. Já trabalhou com grupos e artistas como João Pedro de Oliveira (Portugal), Toninho Horta, Harvey Wainapel (EUA), Caito Marcondes, Felipe José, os Drumming Grupo de Percussão e Simantra Grupo de Percussão (Portugal), assim como com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Desenvolve atualmente um duo com a violinista Sofia Leandro, com foco na divulgação da música de compositores da América Latina e da lusofonia.

Caetano Dias
Caetano Dias nasceu em 1959, na cidade de Feira de Santana, Bahia. Desde meados da década de 70 vive em Salvador, onde cursou Letras Vernáculas na Universidade Católica do Salvador, entre 1985 e 1987. Sua formação, marcada pela palavra e pelo gesto, logo se expandiria para as artes visuais, campo no qual viria a construir uma trajetória atravessa a performance, o vídeo, a fotografia, a pintura e as instalações. Ao longo dos anos, Caetano realizou exposições individuais em importantes instituições e galerias, como o Museu de Arte Moderna da Bahia, o Paço das Artes em São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Sua obra também se destaca no cenário coletivo internacional, integrando mostras de grande relevância, como a Bienal de Buenos Aires (Malba, Argentina), a Bienal do Mercosul (Porto Alegre), e a Trienal de Luanda (Angola), entre outros. Sua obra foi vista também em espaços como o Museu Reina Sofia (Espanha), o ZKM (Alemanha), o MAR (RJ), o Museu Oscar Niemeyer (PR) e o SESC Videobrasil. Com uma poética que transita entre o sagrado e o político, o íntimo e o coletivo, Caetano Dias constrói imagens e experiências que tocam as camadas mais profundas da sensibilidade e da história.

Carolina Anglada
Carolina Anglada é pesquisadora e professora no Departamento de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos da Linguagem da UFOP. Pós-doutora em Estudos Psicanalíticos. Publica ensaios sobre poéticas contemporâneas, com particular interesse nas relações transdisciplinares entre literatura, antropologia e psicanálise

Cássia Lima
Mineira de Extrema, Cássia Lima concluiu bacharelado em flauta pela UNESP, sob orientação de Jean-Noel Saghaard e mestrado na Mannes College of Music em Nova York, onde foi aluna de Keith Underwood. Participou de master-classes com Michael Parloff, Emmanuel Pahud, William Bennett e Judith Mendenhall, entre outros. Venceu os principais concursos no Brasil, assim como o Mannes Concerto Competition (New York) e o Gregory Award por Excelência em Performance. Foi bolsista do Tanglewood Music Center, onde atuou como camerista e flautista da orquestra do festival, sob regência de James Levine, Kurt Masur, Seiji Ozawa e Rafael Frübeck de Burgos. Foi flautista da Minnesota Orchestra, sob regência de Charles Dutoit. De volta ao Brasil, foi primeira flauta da Osesp e desde 2009 é primeira flauta da Filarmônica de Minas Gerais, onde atuou como solista em diversas ocasiões.
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Cidinha da Silva
Cidinha da Silva (MG) tem 23 livros publicados, entre eles, os premiados: “Um Exu em Nova York” (contos, Biblioteca Nacional, 2019) e "O mar de Manu" (APCA 2021, melhor livro infantil e acervo PNLD 2023). O livro "Vamos falar de relações raciais? Crônicas para debater o antirracismo" (Autêntica) foi semifinalista do Jabuti Acadêmico, 2025, categoria educação/ensino. Organizou duas obras fundamentais para o pensamento sobre as relações raciais contemporâneas no Brasil, “Ações Afirmativas em Educação: experiências brasileiras” (2003) e “Africanidades e Relações Raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil” (2014). Tem publicações em alemão, catalão, espanhol, francês, inglês e italiano. É cronista do jornal Rascunho. Seu livro mais recente é "Só bato em cachorro grande, do meu tamanho ou maior - 81 lições do Método Sueli Carneiro" (Rosa dos tempos / Grupo Record).

Coletivo de mulheres
O coletivo é formado por cerca de 17 mulheres que, ao longo dos anos, vêm construindo juntas um caminho de fortalecimento, união e protagonismo. Através da partilha de saberes e da convivência, encontraram na arte e na cultura uma forma de expressão, resistência e empoderamento, permanecendo ativas em diversas ações culturais e sociais no município de Tiradentes. O coletivo encontra-se semanalmente, participando de oficinas de cunho artístico-social em diversas linguagens das artes visuais. No âmbito do Festival Artes Vertentes, destaca- a participação nas Oficinas de Fotografia, ministradas por Natália Chagas, que resultaram em exposições coletivas e na criação de um livro de memórias afetivas.
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Cristian Budu
Referência da nova geração da música clássica, Cristian Budu é vencedor do Concurso Internacional Clara Haskil (Suiça), e está em duas seletas listas "Top 10" da Gramophone - Beethoven e Chopin - que incluem nomes como Martha Argerich, Arthur Rubinstein, Dinu Lipatti e Maria João Pires. Já colaborou em duos com Antonio Meneses e Renaud Capuçon, e tocou recitais solo em grandes festivais como Verbier e La Roque d'Anthéron. Apresentou-se como solista em salas como Ateneu de Bucareste, Liederhalle, KKL e Jordan Hall, e à frente de orquestras como Orquestra Sinfônica de Lucerna, Orquestre de la Suisse Romande, Orquestra de Câmara de Lausanne e Orquestra Sinfônica da Rádio de Stuttgart. No Brasil, é criador do projeto Pianosofia no intuito de promover musicistas locais e a música de câmara em ambientes informais. Cristian colabora também com projetos sociais como Projeto Integração e Liga Solidária, na qual é conselheiro voluntário da Unidade Casulo (Real Parque / São Paulo).
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Daniel Farias
Daniel Farias participa de trabalhos no cinema, na televisão e no teatro, tendo colaborado com alguns dos principais nomes do teatro brasileiro e com passagens por grupos da Bahia e de São Paulo e com circulações dentro e fora do país. É autor dos livros de poesia Backup (Nave, 2015) e O Tempo da Coisa (Gris, 2019), da peça teatral Paquiderme (Sesi, 2014) e Quanta (RV, 2023), HQ criada em parceria com Igor Souza.
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Dinho Araújo
Dinho Araújo é artista e educador nascido no Maranhão, na região da Baixada. Licenciado em Educação Artística pela UFMA, Mestre em Antropologia pela UFPB, professor substituto do Departamento de Artes da UFMA e gestor cultural do Chão, espaço independente em São Luís. A partir de mídias como a fotografia e a máscara, seu trabalho investiga raça e aparições. Participou das exposições coletivas Um defeito de cor, no Museu de Arte do Rio (2022), Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MUNCAB) em Salvador (2023) e Sesc Pinheiros (2025), Nordeste expandido: estratégias de (re) existência, do Banco do Nordeste Cultural (2023/25), Lélia em nós: festas populares e amefricanidade, no Sesc Vila Mariana (2024) e Preamar (SP-Art), em São Paulo (2022). Realizou circulação nacional com a cena expandida Performance Preta no Brasil. Sua individual, História dos animais e árvores, foi exibida no 33º Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, em 2024.

Éder Santos
Eder Santos é videoartista, cineasta, roteirista e designer gráfico, tem obras nos acervos permanentes de vários museus e vasta participação em bienais e festivais no Brasil e no exterior. Possui premiada carreira como diretor de cinema e TV e, na música, soma parcerias com o multi-instrumentista e compositor Paulo Santos, do grupo Uakti. Além de se dedicar à criação de exposições, videoinstalações e vídeo-performances, Eder Santos é autor de trabalhos em vídeo como “Tumitinhas” (1998), “Eu Não Vou à África Porque Tenho Plantão” (1990) e “Mentiras & Humilhações” (1988). Dirigiu 15 curtas-metragens; a série de televisão “Contos da Meia-Noite” (2004, TV Cultura); e os longas-metragens “Enredando Pessoas” (1995), “Deserto Azul” (2014) e “Girassol Vermelho” (2020). A participação de Eder Santos em festivais e bienais inclui, por exemplo, o “WWVF – World Wide Video Festival”, em Amsterdã (Holanda), onde apresentou a videoinstalação “Enciclopédia da Ignorância”, também exibida no “Media Art Festival de Milão” (Itália), no Palácio das Artes (MG) e na Luciana Brito Galeria (SP). O percurso do artista mineiro está entrelaçado com a história do “Festival Videobrasil”, de São Paulo, para o qual é selecionado desde a segunda edição e já ganhou diversos prêmios. Eder Santos participou, também, da “Bienal de São Paulo” (1996) e da “Mostra Bienal 50 anos” (SP, 2001), além de acumular premiações em festivais internacionais e nacionais como “Prêmio Sergio Motta” (SP), “Prêmio Petrobras Brasil”, “Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana” (Cuba), “FestRio” (RJ) e “Rio Cine Festival” (RJ).

Edimilson de Almeida Pereira
Edimilson de Almeida Pereira nasceu em Juiz de Fora, em 1963. É poeta, ensaísta, ficcionista, autor de literatura infantojuvenil, professor colaborador da Pós-graduação na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Publicou, entre outros, Mundo encaixado: significação da cultura popular (Mazza Edições, 1992, Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras, 1994), Entre Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma epistemologia de base afrodiaspórica na Literatura Brasileira (Fósforo Editora, 2022), A saliva da fala: notas sobre a poética banto-católica no Brasil (Fósforo, 2023 – Prêmio Sílvio Romero, FUNARTE, 2002), Poesia+ antologia 1985-2019 (Editora 34, 2019); Melro (Editora 34, 2022), O som vertebrado (José Olympio, 2022), A morte também aprecia o jazz (Fósforo/Luna Parque, 2023), Olho vivo, olho mágico (FTD, 2023), Coisa sim, coisa não (FTD, 2025). Sua obra de ficção inclui O Ausente (Prêmio Oceanos, 2021), Um corpo à deriva (Edições Macondo, 2021) e Front (Nós Editora, Prêmio São Paulo de Literatura, 2021).

Eliane Coelho
Nascida no Rio de Janeiro, Eliane Coelho realiza há mais de quarenta anos uma brilhante carreira internacional. Integrou o Ensemble Neue Musik Hannover e a Ópera de Frankfurt e, posteriormente, a Ópera de Viena, na qual recebeu o título de Kammersängerin, em 1998. Neste prestigioso espaço, assim como nos principais espaços europeus, entre os quais se destacam o teatro La Scala e a ópera Bastille, atuou ao lado de Plácido Domingos, José Carreras, Renato Bruson, Ferruccio Furlanetto, Bryn Terfel, Brigitte Fassbaender, Agnes Baltsa, Juan Pons, Neil Shicoff e Sigfried Jerusalem. Esteve sob a regência de Zubin Metha, Riccardo Chailly, Sir Colin Davis e Seiji Ozawa em um repertório operístico que contempla 14 papéis principais verdianos, Tosca, Butterfly, Turandot, Arabella, Margherita, Lulu, além de Salomé, de Richard Strauss, uma de suas interpretações mais marcantes e elogiadas internacionalmente pela crítica. Seu extenso repertório continua se enriquecendo com novos papéis.

Elise Pittenger
Elise Pittenger é professora de violoncelo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também coordena a área de Música de Câmara e o Grupo de Violoncelos desde 2017. Entre 2011 e 2015, Elise foi chefe de naipe da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, apresentando solos importantes e colaborando com uma grande variedade de regentes e solistas. Ela já atuou como solista em várias orquestras de Belo Horizonte, como a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Orquestra Sesiminas e a Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG. Elise é bastante reconhecida no cenário de música contemporânea no Brasil, tendo apresentado inúmeras estreias nacionais e mundiais com o Ensemble Plurisons e o Duo Qattus, duo de percussão e violoncelo com percussionista Fernando Rocha. Antes de se mudar por Brasil em 2010, Elise, natural de Baltimore, EUA, foi integrante do Haven Quartet, quarteto de cordas que administra um projeto social em New Haven, EUA. Ela também participou em festivais importantes como Banff Institute, Tanglewood Institute, Domaine Forget, Tafelmusik (seminário em música barroca) e o seminário ‘Tradition and Innovation’, com Yo-Yo Ma e o ‘Silk Road Ensemble’. Elise possui doutorado pela McGill University, onde estudou com Matt Haimovitz e foi integrante do grupo de violoncelos Ucelli. É Mestre em Performance Musical pela Rice University e Bacharel em Literatura pela Yale University.

Elizabeth Fayette
Elogiada pelo New York Times por seu “som sedutor, brilhante e virtuosismo experiente”, Elizabeth Fayette estreou como solista no Carnegie Hall com a orquestra da Juilliard School sob regência de Alan Gilbert, e já se apresentou com a Sinfônica de Houston. Foi premiada em competições como as Audições Internacionais da Young Concert Artists e recebeu a bolsa da Musical Fund Society.
Como camerista, atuou internacionalmente com o Sheridan Piano Trio e como primeira violinista do Vega String Quartet. Participou de festivais renomados como Aspen, Marlboro, Steans e Kneisel Hall, além de atuar como spalla convidada em orquestras como a de Princeton, São Paulo e Milwaukee.
Formou-se no Curtis Institute of Music e na Juilliard School, onde integrou o programa Artist Diploma. Também é ex-bolsista do Ensemble Connect do Carnegie Hall, voltado à formação de músicos engajados com a comunidade e a inovação artística.
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Fabiana Cozza
Reconhecida como uma das grandes vozes de sua geração, Fabiana Cozza é elogiada por sua técnica impecável e sua capacidade dramática no palco, sendo comparada a ícones como Elis Regina, Elizeth Cardoso e Clara Nunes. Seu talento notável foi coroado com troféus no Prêmio da Música Brasileira, onde foi premiada como “Melhor Cantora de Samba”, em 2012, e pelo “Melhor Álbum em Língua Estrangeira”, em 2018, demonstrando sua versatilidade e excelência em diferentes estilos musicais. Os álbuns mais recentes de Fabiana Cozza, Dos Santos (2020) e Urucungo (2023), são o testemunho vivo de sua posição como herdeira das ricas tradições afro-brasileiras. Com sua voz poderosa e interpretações emotivas, ela não apenas celebra as influências africanas no panorama musical brasileiro, mas também as reinscreve no cenário contemporâneo, revitalizando e renovando sua importância para as gerações presentes e futuras.

Gabriel Mwènè Okoundji
Gabriel Mwene Okundji nasceu em 9 de abril de 1962 em Okondo, um vilarejo no distrito de Ewo, no Congo-Brazzaville. Ele foi para a França com uma bolsa do governo congolês para estudar medicina na Universidade de Bordeaux, cidade na qual vive desde então, atuando como psicólogo no atendimento hospitalar e também junto à Associação Les Cygnes de Vie. Sua obra, traduzida para o espanhol, inglês, finlandês, occitano, italiano e português, foi adaptada para o palco em várias ocasiões e tem sido objeto de estudos críticos e descritivos, realizados por Jacques Chevrier, Thierry Delhourme, Stephen Akplogan, Agatino Lo Castro. Recebeu diversos prêmios literários, incluindo o Grand prix littéraire d'Afrique noire (Grande prêmio literário da África Negra), o Prêmio Benjamin Fondane, o Prêmio Mokanda (Congo), o Prêmio Antonio Viccaro (Canadá) e o Prêmio Léopold Sédar Senghor. Em agosto de 2018, o Ministério da Cultura da França lhe concedeu o título de Officier de l'ordre des Arts et des Lettres.

Guillaume Martigné
O violoncelista francês Guillaume Martigné foi aluno de Mark Drobinsky, discípulo de Mstislav Rostropovitch. Guillaume Martigné ganhou, incluindo o primeiro, sete prêmios em competições internacionais. Ele teve e tem a chance de tocar com grandes artistas como Martha Argerich, Ivry Gitlis, Mischa Maisky, Nemanja Radulovitch, Alexandra Conunova, Alexandra Soum. Na França, ele toca em grandes salas de concerto: a Philharmonie, Radio France, le Théâtre du Châtelet, le Théâtre des Champs Elysées. Ele já se apresentou no exterior em quase sessenta países diferentes. Guillaume Martigné faz parte do quarteto Psophos e toca um Rogeri de 1692.

Guilherme Gontijo Flores
Guilherme Gontijo Flores (Brasília, 1984) é poeta, tradutor e professor na UFPR. Autor dos poemas de carvão :: capim (2017), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Entre costas duplicadas desce um rio (2021, em parceria com François Andes), Potlatch (2021), Ranho e sanha (2024), do romance História de Joia (2019), dos ensaios Algo infiel (2017, em parceria com Rodrigo Gonçalves), A mulher ventriloquada (2018), Tradução-Exu (2022, em parceria com André Capilé), Que sabe de si (2023), e dos infanto-juvenis A Mancha (2020, em parceria com Daniel Kondo) e Desembarcados (2024, em parceria com Daniel Kondo e Carol Naine). Como tradutor, publicou obras de Safo (prêmio APCA), Propércio (Prêmio Paulo Rónais, da Biblioteca Nacional), Robert Burton (Prêmios APCA e Jabuti), François Rabelais (prêmio da Embaixada Francesa) e Arthur Rimbaud, entre outros.
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Gustavo Carvalho
Gustavo Carvalho estudou com Magdala Costa em Belo Horizonte, com Oleg Maisenberg em Viena, e com Elisso Virsaladze no Conservatório Tchaikovsky de Moscou. Venceu o II Concurso Nelson Freire no Rio de Janeiro. Se apresentou em importantes salas de concerto, tais como a Tonhalle de Zurique, Musikverein de Viena, Auditorium du Louvre, Philharmonie am Gasteig de Munique e a Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, entre outras. Em 2011, realizou a integral das 32 Sonatas de Beethoven em Belo Horizonte. Solista de diversas orquestras, tocou sob a regência de Ira Levin, Isaac Karabtchevsky, Howard Griffiths, Yuri Bashmet e Evgeny Bushkov, dentre outros. Como camerista, colaborou com os violinistas Geza Hosszu-Legocky e Daniel Rowland, os pianistas Nelson Freire, Elisso Virsaladze e Cristian Budu, a soprano Eliane Coelho e com membros das Orquestras Filarmônicas de Viena e Berlim. Foi apontado pelo Le Monde de la Musique (2004) como um dos pianistas mais promissores de sua geração. O seu interesse pela música contemporânea leva-o a colaborar com diversos compositores de renome no cenário internacional tais como György Kurtág, Samir Odeh-Tamimi, Harry Crowl e Sérgio Rodrigo.

Isabel Casimira
Isabel Casimira Gasparino é Rainha de Congo das Guardas de Congo e Moçambique Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário e atual dirigente da Federação dos Congados de Minas Gerais. Herdeira de uma linhagem de mulheres — sua avó, Dona Maria Casimira, fundadora do Reino Treze de Maio (1944), e sua mãe, Dona Isabel Casimira das Dores —, é a Rainha Conga de Minas Gerias. Codiretora do filme A Rainha Nzinga Chegou (2019), premiado em festivais nacionais e internacionais. Mestra convidada do programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG, dedica-se à salvaguarda e à transmissão dos conhecimentos ancestrais que sustentam o Congado mineiro, reafirmando sua força como expressão de identidade, espiritualidade e resistência.

Isabela Nogueira
Isabela Nogueira é mestra em Psicologia pela Universidade Federal de São João del Rei. Desde 2023, compõe a equipe da Ação Cultural do Festival Artes Vertentes, acompanhando a equipe pedagógica, realizando intervenções grupais e ofertando acompanhamento psicológico individual aos participantes do projeto. Além disso, atua como psicóloga clínica na cidade de São João del-Rei e é também Psicóloga Social na Casa Lar Regional de São João del Rei.
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Jé Oliveira
Jé Oliveira é ator, diretor, dramaturgo e cientista social. É um dos fundadores do Coletivo Negro, grupo de artistas da cidade de São Paulo que se debruça sobre o estudo das representações estéticas, éticas e políticas acerca das questões raciais no Brasil. Atualmente recebeu duas indicações pela sua direção da obra Pai contra mãe ou Você está me ouvindo?, nos respectivos prêmios Shell e APCA, que também indicou a obra na categoria de melhor espetáculo. Concebeu, atua e dirigi o espetáculo Gota D’Água {PRETA}, obra que lhe rendeu o Prêmio APCA de Melhor Direção em 2019, se tornando o primeiro homem negro a ser contemplado na categoria. Possui 9 peças escritas encenadas, com destaque para Farinha com Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens. Contribuiu artisticamente com diversos grupos da cidade de São Paulo e do país, com destaque para Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, Coletivo Labirinto, Companhias do Miolo, dos Inventivos e Ponto de Fiandeiras.

Jean D'Amérique
Nascido em 1994, em Côte-de-Fer (Haiti), Jean D'Amérique é poeta, dramaturgo, romancista e diretor artístico do festival Transe Poétique (Porto Príncipe). Ele ministra oficinas de escrita, colabora com diversas revistas literárias e realiza performances para dar voz a seus textos poéticos. Publicou as coletâneas de poesia Petite fleur du ghetto (Atelier Jeudi Soir, 2015); maelstrÖm reEvolution (2019), que recebeu uma menção especial no Prêmio René Philoctète, Nul chemin dans la peau que saignante étreinte (Cheyne, 2017), vencedora do Prêmio de Poesia da Fundação Marcel Bleustein-Blanchet, Atelier du silence (Cheyne, 2020), vencedora do Prêmio Apollinaire Revelação 2021 e do Prêmio Heather-Dohollau 2022, Rhapsodie rouge (Cheyne, 2021), vencedora do Prêmio Fetkann! Maryse Condé de la Poésie 2021 e do Prêmio Heredia 2022 da Academia Francesa e Quelque pays parmi mes plaintes (Cheyne, 2023). Sua peça A catedral dos porcos (Éditions Théâtrales, 2020), foi premiada com o Prêmio Jean-Jacques Lerrant (Journées de Lyon des Auteurs de Théâtre). Seu texto para o público infanto-juvenil, Rachida debout (Cheyne, 2022), escrito para o espetáculo Para amanhã, juntamente com textos de Sylvain Levey e Mariette Navarro, foi estreado por Émilie Le Roux como parte do programa infantil do Festival de Avignon (França, 2021). Sua peça Ópera poeira (Éditions Théâtrales, 2022), premiada com o Prêmio RFI Théâtre 2021 e o Prêmio Jacques Scherer 2022, foi encenada em inúmeros festivais e teatros entre 2021 e 2022, tais como as Comédies de Caen e Reims, o Theatro de Liège, o Teatro Nacional D. Maria II de Lisboa, o Festival Quatre Chemins (Port-au Prince) e o Festival de Avignon. Seu primeiro romance, Um Sol a costurar (Actes Sud, 2021), foi vencedor do Prêmio Dubreuil Primeiro Romance da SGDL (2021) e do Prêmio Montluc Resistência e Liberdade (2022).

Juçara Marçal
Juçara Marçal é cantora e compositora. Faz parte do trio Metá Metá. Já integrou os grupos Vésper Vocal e A Barca. Lançou em 2014 o disco solo ENCARNADO. O álbum ganhou o Prêmio APCA – Melhor Álbum de 2014, Prêmio Governador do Estado – Melhor Álbum – Voto do Júri, e Prêmio Multishow de Música Compartilhada, entre outros. Em fevereiro de 2019, Juçara Marçal estreou como atriz na peça Gota d’água {Preta}, com direção de Jé Oliveira. Juçara Marçal lançou em setembro de 202 o álbum Delta Estácio Blues, com produção musical de Kiko Dinucci. O disco foi lançado em parceria com os selos QTV, Mais Um Discos e Goma Gringa e com o apoio da Natura Musical. Delta Estácio Blues ganhou o prêmio de Melhor Álbum de 2021 pelo Super Júri do Prêmio Multishow, a música Crash ganhou o de Melhor Canção. O disco também foi escolhido pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), como o melhor álbum de 2021.
Em 2022, Juçara foi indicada ao Grammy Latino, na categoria Rock e Música Alternativa. Também em 2022 fez a personagem "Mãe" na montagem da ópera "Café" de Mário de Andrade, apresentada no Teatro Municipal, com partituras de Felipe Senna, regência do maestro Luís Gustavo Petri e direção cênica de Sérgio de Carvalho e Helena Albergaria.

Leda Maria Martins
Leda Maria Martins nasceu no Rio de Janeiro e vive em Belo Horizonte. É poeta, ensaísta, dramaturga, professora. É doutora em Letras/Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Artes pela Indiana University e formada em Letras pela UFMG. Leda é também Rainha de Nossa Senhora das Mercês da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário no Jatobá, em Belo Horizonte. Em seu pensamento e proposições teóricas cruzam-se epistemologias e cosmovisões de várias matrizes cognitivas, como as derivadas dos saberes africanos transcriados nas Américas. Entre os livros de sua autoria estão O moderno teatro de Qorpo-Santo (Ed. UFMG, 1991), A cena em sombras (Perspectiva, 1995) e Afrografias da memória (Perspectiva, 1995). Em 2017 foi criado o Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras.
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Léonora Miano
Léonora Miano, nascida em 1973 em Douala (Camarões), é uma grande voz na literatura de língua francesa. Romancista, dramaturga e ensaísta, é autora de cerca de vinte obras literárias publicadas em diversos idiomas. Recebeu o Prêmio Goncourt com Contornos do dia que vem vindo (2006) e o Prix Femina e Grand Prix do Roman Métis (2013) com A estação das sombras. Foi também finalista do Prêmio Goncourt 2019 com o romance A imperatriz vermelha. Traduzida para diversos idiomas, a obra de Léonora ganhou notoriedade por suas representações de populações afroeuropeias na França, contexto a partir do qual surgem histórias que abordam as heranças do colonialismo e como esse legado se perpetua no processo de invisibilidade das minorias. Em 2021, a Universidade de Lorena e a Universidade da Grande Região (UniGR) lançaram o Prêmio Literário “Frontières — Léonora Miano”, dedicado à escritora, para melhor romance que aborde o tema das fronteiras.

Luiza Romão
Poeta, atriz e slammer, Luiza Romão é autora dos livros Sangria, Também guardamos pedras aqui, vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Poesia e Melhor Livro do Ano, e Nadine. Bacharela em Artes cênicas, mestra e doutoranda em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP). Pesquisa poesia em performance.

Mawusi Tulani
Mawusi Tulani é atriz, formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Atriz colaboradora do Teatro da Vertigem, é cofundadora e atriz do coletivo Peles pretas, Máscaras pretas. Entre suas atuações como atriz, destacam-se os espetáculos Carne Vive (direção de Luh Maza), Agropeça (direção de Antônio Araújo), Antes do Café (direção de Celso Frateschi), e Macbeth - Como Nasce um Deserto (direção de Ederson José). Suas participações no cinema e na televisão incluemTodos os Mortos (direção de Caetano Gotardo e Marco Dutra), Hebe - A Estrela do Brasil (direção de Maurício Farias), Tinnitus (direção de Gregorio Graziosi) e A Mãe (direção de Cristiano Burlan). Dirigiu a peça filmada Todas as centenas de dias em que estamos aqui, do Coletivo Okan, e os espetáculos O Brasil é Bom e Tumbeiros.

Mestre Prego
Claudinei Matias do Nascimento, mais conhecido como Mestre-Capitão Prego, é natural da cidade de Barroso. A partir dos 7 anos, tendo seu avô, ex-escravizado da região de Tiradentes, como referência do Congado, integrou a tradição congadeira, participando dos batuques e das festas. Em 2010, retornou às práticas da capoeira e tornou-se o primeiro capitão do Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia, fundado em 2011. Artesão, desenvolve um trabalho com cabaça e madeira.

Michel de Souza
Formado pelo Royal Conservatoire of Scotland, Michel de Souza foi vencedor do concurso Maria Callas, em São Paulo, e dos concursos Margaret Dick e Ye Cronies (Escócia). Fez parte do programa Jette Parker Young Artists na Royal Opera Covent Garden, o que o levou a muitas aparições nesse teatro e deu início a sua carreira internacional. Convidado regular como solista da BBC Scottish Symphony Orchestra, Orchestre National de Lyon, Orchestre de la Suisse Romande, Scottish Opera Orchestra, BBC National Orchestra of Wales, tem se apresentado na América Latina no Theatro Municipal de São Paulo e Rio de Janeiro, Theatro São Pedro, Teatro Argentino de la Plata, Palácio Das Artes de Belo Horizonte, com importantes orquestras como OSESP, Filarmônica de Minas Gerais e Sinfônica Municipal de São Paulo.
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Mihai Cocea
Nascido em Bucareste, Mihai Cocea começou a estudar violino aos 5 anos e, aos 13, descobriu o maravilhoso som da viola. Frequentou o Colégio Nacional de Música “George Enescu” em Bucareste e continuou os seus estudos em Londres, na Royal Academy of Music, com o professor Paul Silverthorne. Mihai Cocea recebeu uma bolsa oferecida pela Confederação Suíça para concluir seu mestrado em Zurique, sob a orientação do famoso violista Lawrence Power. Como solista, Mihai Cocea se apresentou com várias orquestras, entre as quais a Filarmônica de Bruxelas, NOVA Rússia, The Moscow Soloists e St. Andrews Symphony Orchestra. Mihai foi laureado em vários concursos internacionais, incluindo: terceiro prêmio no Concurso Internacional de Viola “Watson Forbes” 2009 e finalista no Concurso de Viola Yuri Bashmet 2013 em Moscou. Desde 2017, Mihai Cocea é líder da seção de viola da Orquestra Filarmônica de Bruxelas. A partir de setembro de 2023, Mihai ocupa o cargo de professor de viola no Conservatório de Maastricht, na Holanda.

Natália Chagas
Natalia Chagas é fotógrafa e artista visual. Mestra em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade pela Universidade Federal de São João del Rei, investiga a fotografia expandida como dispositivo de memória e resistência, elaborando arquivos afetivos que costuram ausências e narrativas femininas. Sua obra articula corpo, natureza e ancestralidade, com especial atenção ao registro de religiões afrodiaspóricas. Na arte-educação, entre 2023 e 2024, conduziu oficinas de fotografia para mulheres no âmbito da Ação Cultural Artes Vertentes. Participou de exposições e residências artísticas, com trabalhos apresentados em diferentes festivais e mostras no Brasil e no exterior.

Nina Rizzi
Escritora, tradutora, pesquisadora, professora, editora e curadora, Nina Rizzi é professora de poesia do curso de pós graduação em Escrita Criativa da UNIFOR (Universidade de Fortaleza), promove também diversos laboratórios de escrita criativa, como "escreva como uma mulher" e "da poema à poesia". Tem livros publicados pelas editoras Jabuticaba, Pallas e Companhia das Letrinhas. Seus poemas, ensaios e traduções integram ainda diversas revistas, jornais, suplementos e antologias, publicadas no Brasil, Argentina, Chile, México, Peru, Espanha, Portugal, Suécia, Canadá, EUA, Angola e Moçambique. Em 2024, participou da Residência Literária Atlântica Negra na Loatad – Biblioteca de África e da Diáspora Africana em Acra (Gana) e recebeu o Prêmio Internacional Culturas de Resistência (CoR Award).

Padre Mauro Luiz da Silva
Mauro Luiz da Silva é doutor e mestre em ciências sociais, tem especialização em psicopedagogia e é graduado em teologia e filosofia pela PUC Minas e em história e tutela do patrimônio cultural pela Universidade de Pádua (Itália). Atualmente é curador do MUQUIFU - Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos e coordenador do Projeto de Pesquisa e Centro de Documentação NegriCidade, que busca resgatar os Afro-patrimônios da capital mineira. É sacerdote católico e exerce a função de pároco da Paróquia Jesus Missionário, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. Em novembro de 2020, recebeu o Prêmio Zumbi de Cultura da Cia. Baobá Minas, na Categoria Religiosidade. É docente no curso de pós-graduação Lato Sensu em Educação Patrimonial do Instituto de Pesquisa Pretos Novos - IPN, em parceria com a Faculdade Tecnológica de Curitiba - FATECPR. Membro eleito do Comitê Estadual de Respeito à Diversidade Religiosa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento de Minas Gerais - SEDESE.
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Patrick Arley
Patrick Arley é antropólogo, fotógrafo, educador, umbandista e reinadeiro, com mais de 15 anos de experiência atuando na interseção entre cultura, justiça social e narrativas visuais. Seu trabalho se concentra na documentação e valorização das tradições afro-brasileiras e práticas sagradas, especialmente entre comunidades tradicionais. Desenvolve pesquisas sobre patrimônio imaterial, impactos socioambientais da mineração e formas de resistência de grupos historicamente marginalizados. Suas fotografias já foram exibidas no Brasil e no exterior, incluindo as cidades de Paris, Maputo e Berlin. Colabora com iniciativas acadêmicas e comunitárias, utilizando a fotografia como ferramenta de educação, preservação cultural e resistência política.

Prisca Agustoni
Prisca Agustoni nasceu na Suíça e desde 2002 vive no Brasil, em Juiz de Fora (MG), onde trabalha como professora de Literatura e de Criação Literária na Universidade Federal de Juiz de Fora.Tradutora, poeta plurilíngue, crítica literária, escreve e traduz em italiano, francês e português. Finalista do Prêmio Jabuti (2021) com o livro O mundo mutilado (Quelônio, 2020), com seu livro O gosto amargo dos metais (7Letras, 2022) ganhou o Prêmio Cidade de Belo Horizonte (2022) e o Prêmio Oceanos/poesia 2023, cuja versão italiana, Verso la ruggine (Interlinea, 2022) recebeu o Prêmio Suíço de Literatura e foi finalista ao Premio Fortini, na Itália.
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Raphael Garcia
Raphael Garcia estudou na Escola de Arte Dramática da USP. Um dos fundadores do Coletivo Negro de Teatro, nos últimos anos atuou em diversos espetáculos, dentre eles: Revolver, F.a.l.a., Navalha na carne negra e Um inimigo do povo. Atualmente integra o elenco de Pai contra mãe ou você está me ouvindo, dirigido por Jé Oliveira.

Silvio d'Amico
Silvio d’Amico é arranjador, compositor, instrumentista e professor. Após ter iniciado seus estudo musicais em Belo Horizonte, aprofundou sua formação artística na França e na Itália. Atuou em festivais como o Festival de Jazz de Montreux (Suíça) e em projetos de relevância internacional, incluindo a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos de Turim (2006). Durante anos trabalhou como arranjador da Rádio e Televisão Italiana. Com trajetória que transita entre o jazz, a música popular e o universo orquestral, colaborou com artistas como Bob Mintzer, Blas Rivera e Flávio Venturini. Atualmente vive em Tiradentes.

Sofia Leandro
Sofia Leandro é formada em Violino e Ensino de Música pela Universidade de Aveiro, Portugal, e doutora em Performance Musical pela Universidade Federal de Minas Gerais. Desde 2017, é professora na Universidade Federal de São João del Rei. Coordena o programa de extensão Pequenos Grandes Violinistas, voltado para o ensino coletivo de violino a crianças e adolescentes, que, desde 2020, atua em parceria com a Ação Cultural Artes Vertentes. Apresenta-se regularmente em duo com o percussionista Bruno Santos, colaborando também com inúmeros compositores contemporâneos.

Taís Gomes
Taís Gomes é contrabaixista Principal Assistente na Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, professora e pesquisadora. Como solista, apresentou obras do repertório italiano frente as orquestras Sinfônica Municipal de São Paulo, Petrobras Pró-Música e Sinfônica da Bahia. De 2014 a 2023, foi chefe de naipe da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo. Realizou seus com Ricardo Vasconvcellos, em Brasília e com Massimo Giorgi, no Conservatorio Santa Cecilia di Roma. Foi vencedora do Prêmio Armando Prazeres, Premio Valentino Bucchi, do Concorso Nazionale Werther Benzi e do Concorso Caimmi. Foi professora do Instituto Baccarelli e tem lecionado em importantes festivais de música do país.

Tenca Silva
Tenca Silva é atriz, educadora e diretora com trajetória marcada pela criação autoral e pelo trabalho colaborativo junto a artistas e coletivos das artes cênicas, performativas e audiovisuais. Formada pela Escola de Arte Dramática da USP e graduada em Direção Teatral pela ECA-USP. Em 2023, foi indicada aos prêmios Shell e APCA por sua atuação em Agropeça (Teatro da Vertigem).

Tiganá Santana
Tiganá Santana é professor do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), tradutor e multiartista. Foi o primeiro compositor brasileiro a conceber como compositor um álbum contendo canções em línguas africanas. Possui estudos e publicações, principalmente, em estudos da linguagem, filosofias africanas de referência bantu, tradução e artes. Sua tese de doutorado recebeu o “Prêmio Antônio Cândido” de melhor tese pela ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística). Entre suas produções mais recentes figuram a curadoria da exposição “Línguas Africanas que Fazem o Brasil”, no Museu da Língua Portuguesa (2024/2025), em São Paulo; e o lançamento do álbum “Caçada Noturna” (2024).
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Uiler Moreira
O violinista Uiler Moreira, graduado pela Universidade Federal da Bahia, premiado em diversos concursos nacionais e internacionais e atualmente mestrando na Hochschule für Musik, Theater und Medien Hannover, atua com destaque na música de câmara, colaborando com artistas como Alina Ibragimova, Julian Rachlin, Tai Murray, Yura Lee, Asbjørn Nørgaard, Jennifer Stumm, Adrian Brendel, Giovanni Gnocchi, Matthew Hunt, Thorsten Johanns, entre outros. Já se apresentou em salas e festivais de prestígio como o Het Concertgebouw, Wigmore Hall, Edinburgh International Festival, Kronberg Academy, Trame Sonore Festival, Stellenbosch Chamber Music Festival, Lucerne Festival e Ilumina Festival.

Wendie Zahibo
Wendie Zahibo é uma artista multidisciplinar - poeta, fotógrafa e colagista - que vive e trabalha entre Guadalupe e o continente francês. Nascida em uma família multicultural, com raízes na Costa do Marfim e na República Centro-Africana, realizou seus estudos no Harrington College de Design, em Chicago, e na Sorbonne, em Paris. Seu trabalho, alimentado por experiências transnacionais e abordagens plurais, questiona identidades dentro do Atlântico Negro. Em 2015, iniciou o projeto multimídia Rainha dos tempos modernos, que explora as representações femininas negras. Publicado em 2020 pela Neg Mawons, seu livro Corsé de cuirs, publicado pela Neg Mawons, investiga a vida íntima de mulheres negras, reunindo histórias pessoais e perspectivas coletivas. Desde 2022, vem trabalhando no projeto masonn, que examina a arquitetura vernacular e o “realismo místico” no Atlântico Negro. Sua pesquisa artística reúne heranças espirituais e características arquitetônicas específicas de diferentes áreas geoculturais, com o objetivo de destacar memórias vivas e continuidades culturais. Vencedora do prêmio do programa ONDES 2024 e ex-residente da Cité internationale des Arts, em Paris, ela segue sua carreira por meio de uma série de colaborações e residências criativas. Recentemente suas obras foram expostas na Bienal de Dakar e no Festival Circulation(s), em Paris.
Also participated in other editions


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